Esse nome soa estranho para você? Tadashi Yanai não é tão desconhecido quanto parece, pois, há alguns anos, ele é considerado a pessoa mais rica do Japão. É o homem por trás da Uniqlo e tem um patrimônio de US$ 44,1 bilhões – com a mansão em Tóquio, né.
Ah, sobre a Uniqlo, saiba que é uma marca multinacional que desenvolve roupas casuais. E sobre o Yanai, ele tem algo mais do que US$ 6 bilhões do que o segundo homem mais rico do Japão, o Takemitsu Takizaki. Ou seja, o Yanai é bem rico mesmo, hein.
Quem é Tadashi Yanai
É um homem que nasceu no Japão em 1949. Ele tem 2 filhos e é de Ube. É formado em economia e com base em dados da Forbes de 2021, ele tem patrimônio de US$ 44,1 milhões.
A ocupação atual dele é de presidente da Fast Retailing, uma das maiores empresas varejistas de roupas no mundo e a maior da Ásia. O grupo tem vários produtos de vestuário e ele tem 44% das ações da empresa.
Ousado, Yanai disse que quer transformar a sua loja na maior varejista do mundo, vencendo até mesmo a H&M e a Inditex.
Yanai como homem de negócios
O pai dele era dono de uma loja de roupas masculinas que tinha o nome de “Men’s Shop Ogori Shoji”. No ano de 1971, Yanai fez faculdade e começou a vender roupas masculinas e utensílios de cozinhas em supermercado.
Porém, saiu do emprego e começou a trabalhar com o pai. Ele já chegou a dizer que nesse momento não estava muito motivado. Porém, acabou aceitando a ideia do pai, já que teria um salário equivalente. Passados alguns anos, ele fundou a própria marca, a Uniqlo.
E foi aí que começou a desenvolver a sua ideia, abrindo mais de 2 mil lojas em 20 países. O produto mais popular da marca é uma jaqueta de fleece de US$ 15, sendo que 1 em cada 4 japonesas compraram ela em 1998.
O que a empresa do Yanai tem
Um dos diferenciais da empresa é que ela investe muito em inteligência artificial a ponto de que as lojas visam a melhor experiência do cliente. Em 2018, ele lançou a marca GU Style Studio, com lojas exclusivas para clientes experimentarem roupas e fazer pedidos online.
Ou seja, as pessoas compram online, com o diferencial de que podem ir até a loja experimentar antes disso.
Ah, tem um detalhe: o Yanai tem especialidade em finanças, já que antes de fazer sucesso na área da moda, ele foi membro do conselho da SoftBank por quase 2 décadas. Ele deixou o conselho em 2019 para cuidar do seu próprio negócio.
A tecnologia além do algodão
Vale a pena a gente citar aqui uma tecnologia que foi lançada em 2012, mas que mostra exatamente esse viés da empresa de Yanai. Na época, ele comentava sobre uma invenção que eles fizeram, do Heattech, um tecido patenteado que gera calor.
“Os americanos acreditam que o algodão é o melhor, mas nós inventamos novos tecidos que vão mudar os estilos de vida”. O resultado inicial foi uma parceria com uma empresa japonesa que fornece fibra de carbono para a Boeing 787 Dreamliner.
E assim, o Yanai completou a sua frase dizendo que “é um tecido tão leve que você nem percebe que está usando. É um produto essencial para o verão”.
Os investimentos em novos negócios
Foi a partir disso que ele lançou três lojas muito chamativas em Nova Iorque, considerando que uma ficava na famosa Quinta Avenida, sendo a segunda maior de todo império Uniqlo.
Ele também saiu na mídia por ter convencido o até então aposentado Jil Sander a colaborar com os seus novos lançamentos. Jil é um estilista muito famoso, que resultou uma temporada incrível de vendas para a marca.
E a crise não pegou Yanai?
O que se sabe é que ele é um homem de múltiplos talentos, como o fato de conseguir dar a volta por cima em pouco tempo. A Uniqlo fechou metade das mais de 700 lojas da China após a imposição do bloqueio. Mas, foi reabrindo gradualmente e fez isso com todas em 3 meses.
Já no próprio Japão, 40% das lojas foram fechadas em maio devido a crise e a pandemia. Só que todas já foram abertas de novo. Sendo que no último mês mais duas unidades foram inauguradas, sendo em Tóquio (Ginza e Harajuku).
Ah, curiosamente, saiba que ele ganhou muito dinheiro com o lançamento de máscaras faciais que representou muitas vendas online no site da empresa. Junto com as máscaras aumentou a venda das saias femininas, a partir de US$ 9,90.
Os produtos básicos da Uniqlo
O segredo para vencer as crises e se tornar esse império, além de toda ambição do dono, está na produção de produtos básicos e para todos os públicos. Ao menos é o que acreditam os especialistas que falam em “confecção bem-feita e corte elegante”.
Um dos funcionários mais antigos do Yanai chegou a dizer que já ouviu ele falar, por várias vezes que “não queria designer de moda que definisse clientes e sim competência para criar para o público de massa”. Daí explica-se o slogan da marca: Made For All – Feito para Todos.
Entre essas peças, dá para destacar camisas sociais Oxford, camisas polo, suéteres com decote em V, jeans sem adornos e muito mais. Enquanto a Zara lança uma nova coleção a cada ano, a Uniqlo emprega uma estratégia diferente: custo baixo e trabalho de alta qualidade.
De baixo custo
Desde a década de 1990 é que o investimento do japonês segue a tendência do baixo custo. Assim, os descontos obtidos são repassados para os clientes, de forma que 90% das roupas da Uniqlo são “made in China”.
O resultado direto disso é que as camisetas vendidas a US$ 19 e os jeans a US$ 49 somam bilhões de dólares aos bolsos do empresário todos os anos. O país em que ele vive tem um alto custo de vida, só que as roupas são verdadeiras pechinchas.
Mais do que baixo custo, vem a ideia do preço imbatível. Sendo que a produção anual passa de 5 bilhões de peças. O foco ainda está na maior parte concentrado na Ásia, sendo China e Coreia como principais campos de atuação.
O investimento em publicidade
Durante os últimos anos, quando se esperava uma redução em investimentos, a Uniqlo foi lá e aumentou a sua publicidade. Especialmente em anúncios da TV japonesa e com celebridades locais e internacionais. Entre elas, Orladon Bloom, Charlize Theron e Susan Sarandon.
Em 2012 foi uma grande atração quando tornou o sérvio Novak Djokovic o embaixador da marca. A parceria de 5 anos iniciais promoveu a marca em todo o mundo. O tenista chegou a participar de torneios com as roupas da marca japonesa.
Em 2018, a Uniqlo mudou o foco e foi atrás de Roger Federer, ícone do tênis mundial. Foi assim que tirou a Nike dele e passou a colocar a marca japonesa no peito do jogador. O valor do contrato, conforme as notícias, foi de US$ 300 milhões para 10 anos de contrato.
E a história da casa de Yanai
A história da mansão de Yanai é totalmente verdadeira. Ele tem um imóvel com mais de 5 mil metros quadrados, que é a atual residência dele. Ela fica em uma floresta próxima de Tóquio. O valor do imóvel está estimado em US$ 50 milhões.
Fora isso, ele tem outros imóveis, como uma casa em Shibuya, um bairro luxuoso de Tóquio. Isso tudo o coloca em 31º lugar no ranking de bilionários da Forbes, sendo o homem mais rico do Japão na atualidade.
Fora as casas, Yanai gasta dinheiro com campos de golfe. Isso porque esse é o esporte favorito dele. Assim, durante o verão ele passa a maior parte do tempo no Havaí, onde tem dois campos de golfe, que foram comprados por US$ 74,1 milhões.
O que mais esse bilionário possui
Ah, e também é legal dizer que na imprensa ele possui um apelido que lhe cai muito bem: “samurai”. Isso porque ele tem características desse “personagem” asiático. Por exemplo, é muito disciplinado, agressivo e obstinado pela perfeição.
Porém, não é um guerreiro em termos de lutas ou espadas, ainda que use todas as suas artimanhas para fazer bons negócios. Em 3 décadas fez uma pequena confecção virar marca mundial. E hoje está atrás apenas da Zara e da H&M, acreditam especialistas do setor.
Os números por trás da marca
A Uniqlo é uma marca de roupas japonesa fundada em 1984 por Tadashi Yanai. Ela ainda não tem capital aberto, porém, o faturamento de 2018 estava em quase US$ 16 bilhões. O lucro não foi divulgado e o número de lojas passa de 2 mil.
A presença global é de 23 países, porém, não chegou ao Brasil ainda. O número de funcionários direto é de mais de 53 mil. E atualmente os principais concorrentes são H&M e Zara, deixando para trás a GAP, a Mango, a C&A e a Forever 21.
