O Programa Bom Prato é visto como o maior incentivo à alimentação popular da atualidade. Ele foi criado pelo Governo de São Paulo em 2000 e se mantém como importante para todos os integrantes das famílias de baixa renda. Até aqui são 60 unidades em todo o estado. E a boa notícia é que outros projetos estão sendo criados em outros estados.
Abaixo, nós vamos trazer os pontos mais importantes sobre o Programa, que permite a muita gente comer pagando pouco. Por exemplo, sobre o cadastro, os horários, os preços e até mesmo sobre o cardápio. E no fim do conteúdo também vamos trazer algumas curiosidades, sobre a história do restaurante popular, leia o texto na íntegra.
Inclusive, saiba que ele está dividido assim:
- O que é o Programa Bom Prato;
- Onde ficam as unidades do Bom Prato;
- Como se cadastrar no Programa Bom Prato;
- Da onde veio da ideia do Bom Prato;
- O maior restaurante popular da América Latina.
O que é o Programa Bom Prato
O Programa Bom Prato foi criado no final de 2000 pelo Governo do Estado de São Paulo. O objetivo era o de oferecer refeições saudáveis e de qualidade para as famílias de baixa renda e considerando um preço acessível. Ele acontece através da parceria com ONGs e outras instituições ligadas à área da alimentação.
O Governo diz que desde o início foram servidas mais de 200 milhões refeições dentro do programa. E isso gerou um investimento de mais de R$ 660 milhões, o que se divide entre os custos, a implantação do projeto e a revitalização das unidades. Os dados são de 2019.
Nesse mesmo ano, o Governo anunciou que haviam 60 unidades participantes do Programa, sendo que 22 estão na capital paulista. Além delas, 12 ficam na Grande São Paulo, 8 no litoral e mais 18 no interior do estado. O almoço, nesse ano, tinha o custo de R$ 1. O mesmo vale para o jantar, que já é servido em muitos lugares.
Qual é o cardápio do Bom Prato
O cardápio do Bom Prato varia conforme os dias, a região e outros motivadores. O que o Governo afirma é que a alimentação tem o foco em ser balanceada e saudável, sendo que deve conter 1.200 calorias, além de ingredientes como arroz, salada, proteínas e até sobremesa.
A ideia tem dado certo e com o tempo novas atualizações foram lançadas. Em 2011, por exemplo, todas as unidades participantes passaram a oferecer, além do almoço, o Café da Manhã no Bom Prato, que tinha leite, café, pão e frutas.
Nesse caso, a refeição tinha uma média de 400 calorias e um custo de R$ 0,50. No começo desse ano, em 2022, o Governo anunciou uma novidade: O Bom Prato Móvel. A ideia é ter o atendimento que chegue até a população vulnerável e para isso usa-se caminhões.
Onde ficam as unidades do Bom Prato
Foi no ano de 2019 que o Governo de São Paulo lançou os seus relatórios. Por isso, pode ser que os dados não estejam totalmente atualizados. Nas plataformas do governo de SP dá para ver onde ficam as unidades do Bom Prato, inclusive, com a data de inauguração delas.
A lista traz as unidades da capital, como na 25 de Março, no Brás, em Tucuruvi e outros lugares. Além das cidades do interior, como Ribeirão Preto, São Carlos, Franca, Barretos, etc. A partir dessa lista dá para ver que a primeira unidade é a do Brás (Av. Rangel Pestana, 2333).
Também traz os dados sobre a localização do Bom Prato Móvel. Sendo que por enquanto só existem unidades em São Paulo e região, como em Paraisópolis, Perus, Santo Amaro, Brás, além de Campinas, Osasco e Jundiaí.
Quais os horários de funcionamento do Bom Prato
O Programa Bom Prato tem horário para acontecer. Mas, vale lembrar que como há um grande interesse das pessoas, as filas começam a se formar bem antes. O fato é que o Café da Manhã tem início às 7 horas e vai até o fim da cota das refeições. O almoço parte das 10h30.
O fato curioso é que em alguns momentos ou ocasiões, o Programa também pode incentivar o Jantar. Então, nesses casos, o horário parte das 17 horas. Todas as unidades possuem filas preferenciais e nutricionistas responsáveis pela criação dos cardápios.
Durante a crise sanitária causa pela pandemia da Covid-19, as unidades sofrem alterações nos horários e no atendimento. Assim, vale a pena buscar essa informação na sua cidade ou na unidade mais perto de você. Inclusive, as unidades ofereceram álcool em gel gratuitamente.
Como se cadastrar no Programa Bom Prato
Agora que já vimos sobre o Programa, uma das principais dúvidas das pessoas é: como se cadastrar para comer barato? A verdade é que para ter acesso a esse programa, a recomendação é muito simples: basta ir até o restaurante, pegar a fila e aguardar a vez.
Lembrando que algumas unidades de atendimento do Programa podem exigir os cuidados como o uso de máscaras. Porém, quanto a um tipo de cadastro antecipado, nenhuma unidade exige, mas é uma boa ideia ir até o CRAS se cadastrar.
O CRAS é o Centro de Referência Especializado em Assistência Social que faz o cadastro das famílias. O mesmo vale para o Centro POP (de População de Rua). Por isso, vale a pena considerar que é uma boa ideia estar junto com documentos que possam comprovar o cadastro em programas sociais, assim como o Cartão Cidadão, etc.
Como comer pagando pouco no Bom Prato
Além de saber que não é obrigatório qualquer cadastro inicial, considere mais uma notícia importante. Com a pandemia, o serviço tinha sido alterado: ao invés de comer no local, as pessoas precisavam levar as marmitex para outro lugar para não aglomerar.
A ideia deu certo e a maioria das unidades mantiveram esse formato de marmitex e não de alimentação local. Além disso, durante o pico da Covid-19, os lugares deixaram de oferecer a janta. Agora, a partir de 2021, o serviço foi normalizado. Então, veja aí alguns dados sobre as unidades e as refeições.
O Bom Prato está funcionando em todas as suas 60 unidades todos os dias, inclusive, aos domingos e feriados. Além disso, passou a ter o Café da Manhã, o Almoço e o Jantar. Mas, vale dizer que há uma quantidade de marmitex, por isso, é preciso pegar a fila com antecedência.
Da onde veio a ideia do Bom Prato
Apesar de ser um projeto lançado em 2000 pelo Governo de São Paulo, considere que o conceito é bem mais antigo do que isso. O restaurante popular ou restaurante comunitário vem desde 1931, no Canadá. Mas, historiadores acreditam que antes disso, desde o Egito Antigo, já havia uma forma de fazer o mesmo trabalho.
O que se sabe é que nos tempos mais modernos, a ideia era oferecer comida de graça ou a preço acessível para os moradores de rua ou famílias de baixa renda. Assim, voluntários e instituições trabalhavam juntos para conseguir beneficiar as pessoas desses grupos. Depois, vieram os restaurantes populares modernos.
Então, foi Benjamin Thompson que empregou o conceito, sendo um verdadeiro combatente contra a fome. No século 19, por exemplo, foi criada a Lei do Restaurante Popular, para ajudar pessoas no evento que ficou chamado de “forme irlandesa”. Isso lá em 847.
O Restaurante Popular no Brasil
No Brasil, hoje em dia existe até mesmo uma indicação do Ministério da Cidadania para a criação desses restaurantes. O objetivo é “ampliar a oferta de refeições adequadas a preços acessíveis para a população de baixa renda”. Nesse grupo, também entram os moradores de rua e outros possíveis beneficiados.
Assim, os participantes devem integrar a estrutura do SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional). O SISAN visa a qualidade da alimentação, com calorias e variações. Além disso, podem fazer parte os municípios com mais de 100 mil habitantes e que tenham números elevados e pobreza ou miséria.
E é importante dizer que o Programa Bom Prato, que vimos acima, está presente no estado de São Paulo. No entanto, em outros estados do Brasil também existem outras ideias e outros incentivos, como no Rio de Janeiro, veja a notícia abaixo.
O maior restaurante popular da América Latina ficará no Rio de Janeiro
O Restaurante do Povo será o maior restaurante popular de toda a América Latina e vai ser instalado no Rio de Janeiro. O galpão conta com mais de 1.720,00 metros quadrados e vai servir até 5 mil refeições todos os dias. A informação é recente e foi divulgada há alguns dias pela empresa Quick House.
Ela fez uma parceria com o Governo do Rio de Janeiro. Agora, o restaurante que fica na Central do Brasil, poderá atender mais de 600 pessoas ao mesmo tempo. O projeto teve investimento de R$ 6,7 milhões e será feito a partir de módulos, com Selo Verde de Gestão. Nessa região, a cada 10 famílias, 6 vivem na pobreza.
