Jeff Bezos, Bill Gates, Elon Musk? Nada disso, amigos. Um bilionário francês, dono da Louis Vuitton, veio comendo pelas bordas, ano a ano e agora se tornou o homem mais rico do mundo. Estamos em 2021 e isso se deve a alta das ações da Louis Vuitton.
O patrimônio dele passou a ser estimado em US$ 186,3 bilhões. E, com isso, Arnault passa Jeff Bezos, que tem patrimônio estimado em US$ 186 bilhões assim como passa Elon Musk, com patrimônio em US$ 147,3 bilhões. As informações são da Forbes.
As ações da LVMH
A LVMH é a Louis Vuitton Moet Hennessy. A marca de luxo que todo mundo conhece como Louis Vuitton. E as ações do grupo tem valorizado dia após dia, sendo que em um dia de maio, elas subiram 0,4% e isso aumentou o capital de mercado em US$ 320 bilhões.
Ou seja, em alguns minutos após a abertura da bolsa, o francês conseguiu um aporte de US$ 600 milhões em ações, dá para crer nisso? O empresário tem um império de marcas, como Sephora, Christian Dior e Givenchy, além da própria Louis Vuitton.
Em janeiro, em acordo com a joalheria Tiffany & Co, ele fez uma aquisição de US$ 15,8 bilhões, sendo uma das maiores do mercado de luxo dos últimos tempos. Mas, quem é o Arnault, que está por trás de tantos números e cifras? Vamos conhecer agora mesmo.
Quem é Bernard Arnault
Arnault nasceu em uma família de pequenos industriais no ano de 1949. Ele nunca foi pobre, mas tem o diferencial de ter conseguido transformar tudo o que tinha em muito mais. Para começar a vida, ele recebeu US$ 15 milhões do pai, que era construtor.
Foi assim que iniciou o próprio negócio. Como? Ele comprou a Christian Dior, que foi a sua primeira marca. Até hoje a Dior é a principal marca ad LVMH, vale mencionar aqui. E além das que já falamos, dá para mencionar ainda a Fendi, a Marc Jacobs e a Kenzo.
Ou seja, estamos falando de roupas, acessórios, relógios, bebidas e por aí vai. Aliás, entre Tag Heuer e Dom Pérignon, a marca conseguiu somar, em 2019, o grupo Belmond, que tem 46 hotéis, além de cruzeiros fluviais e trens. Ou seja, é um império e tanto.
A vida pessoal de Arnault
Arnaulta tem 5 filhos, sendo que 4 deles atuam com o pai nos negócios. Em 2012, Arnault se naturalizou como cidadão belga. Porém, hoje ele vive em Paris, na França. Ele dedica a fortuna ao patrocínio de projetos de incentivo a arte e tem a sua parte filantrópica também.
Por exemplo, doou milhões de dólares para o combate aos incêndios na Amazônia e parte da produção de bebidas alcoólicas que tem foi para a produção de álcool em gel durante a pandemia do coronavírus – as 12 toneladas foram doadas para hospitais franceses.
É engenheiro formado pela École Plytechnique em Palaiseau, sendo um empresário de sucesso. Nasceu em Roubaix, na França, em março de 1949. Começou a trabalhar na Ferret-Savinel, empresa de engenharia do pai. Em 5 anos, convenceu o pai a mudar de ramo.
A trajetória de sucesso de Arnault
Assim, começou a focar em casas de férias, no setor imobiliário. Em pouco tempo se tornou o diretor do grupo, CEO e com a morte do pai se tornou o presidente. Foi assim que, em 1984, comprou a primeira empresa de artigos de luxo: Financiére Agache.
E foi quando assumiu o controle da Boussac Saint-Freres, da área têxtil, que tudo deslanchou. Ele já tinha no catálogo a Dior e algumas redes de departamento Le Bom Marché. A fusão deu origem a LVMH em 1987. Alguns anos depois, se tornou o maior acionista dela.
E nesse meio tempo, ele se destacou também por ser um verdadeiro colecionar de arte, inclusive, com trabalhos de Picasso e Andy Warhol. É mais rico que outros da moda, como Giorgio Armani e François Pinault.
A valorização dos negócios de Arnault
E com essa trajetória, o que fica claro é que o mercado de alto padrão, tanto de bens de luxo como de destilados tem seguido uma linha crescente. Isso em meio a “boatos” de que o comércio na China fosse desacelerar.
No entanto, vale considerar que há 35 anos que o CEO da LVMH está nesse mercado, quando foi feita a compra da Dior. Assim, desde sempre ele atualiza o seu império, mantendo valores e a alta qualidade, que são representativas em suas parcerias.
Por exemplo, ele fechou acordos com a cantora Rihanna, que é conhecida por ser uma empresária da elite, que opera com públicos conscientes e preocupados com assuntos do alto escalão. A mesma ideia se mantém na aquisição da Belmond.
A primeira aparição de Arnault na Forbes
A Forbes falou de Arnault pela primeira vez no ano de 1991, quando a fortuna era de US$ 200 milhões. O CEO chegou a ser personagem de textos centrais em várias edições, considerando até mesmo capa de revista.
Já a estreia no grupo bilionário aconteceu em 1997, quando ele ganhou ainda mais destaque. E como sempre, ele foi citado com as seguintes expressões: “financiamento de empresas da família para a primeira aquisição” e “compra da Dior, que era do governo e estava falindo”.
O resultado é alguém que aprendeu a recuperar empresas com dificuldades financeiras e com alto potencial de “dar a volta por cima”. Com isso, ele multiplicou o que tinha investido e criou o maior conglomerado de moda do mundo, sendo todas marcas de luxo.
Como tudo começou na vida de Arnault
Em 1981, assustado com a chegada dos comunistas no país, a família dele resolveu ir viver nos Estados Unidos. Porém, sem sorte nos negócios. Assim, tratou de retornar a França e em 1984 fez a sua grande aquisição, que já mencionamos aqui.
Já contou por várias vezes que o pai foi quem deu essa ideia de como fazer negócios. Nos estudos técnicos, ele conseguiu obter ainda mais dinâmica para isso. A experiência nos Estados Unidos também. Atualmente, ele tem 5 filhos, sendo de 2 casamentos e 4 trabalham com ele.
E quem deu uma visão sobre ele, que ficou muito conhecida, foi o ex-presidente do banco Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, que disse que o “Arnault percebeu o crescimento da riqueza no mundo e investiu nisso”.
As marcas de Arnault
Agora, apesar de termos falado muito sobre a holding que controla mais de 70 empresas, a gente não citou todas elas. Até mesmo porque isso tomaria grande parte do texto. Mas, a gente vai mencionar algumas das mais importantes. Quer ver só?
Na moda, temos Louis Vuitton, Berlutti, Fendi, Christian Dior, Givenchy e Kenzo. Na área de relógios entram: Tag Heuer, Hublot, Zenith e Tiffany & Co. Em perfumes: Guerlain, Benefit, Fresh e Make Up For Ever.
Tem ainda a área de bebidas, com: Moet & Chandon, Krug, Veuve Clicquot, Hennessy e Chateau d’Yquem. Vem ainda outras atividades, que incluem a mídia do Les Echos, os iates da Royal Van Lent e o grupo de hotéis de luxo Cheval Blanc.
Delphine Arnault
Você já ouviu dizer que por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher, certo? Então, não seria nada injusto citar aqui a história, ou pelo menos uma parte dela, da vida de Delphine. Atualmente, ela é a vice-presidente da Louis Vuitton.
Estudou economia na London School of Economics e na École des Hautes Etudes Commerciales du Nord. Ela não é a esposa de Arnaulta, mas a filha dele. É casada atualmente com Xavier Niel, que é um bilionário francês da indústria de telecomunicações.
É a filha mais velha de Bernard com a primeira esposa, Anne Dewavrin. Tem o irmão mais novo, o Antoine Arnault. Se casou com Alessandro Vallarino Gancia e durou 5 anos. Depois, se casou com o marido atual, que é o seu sócio também.
Antoine Arnault
O outro nome forte por trás da família Arnault é de Antoine. Ele também é empresário, atualmente CEO da Berluti e presidente da Loro Piana. Também é filho de Bernard com Anne. Começou a carreira na Louis Vuitton, na área de publicidade.
Atualmente, está no conselho de administração da LVMH, além da irmã Delphine, ele tem três meios-irmãos do segundo casamento do pai com a pianista canadense Helene Mercier. Tem um relacionamento com a modelo russa Natalia Vodianova, com quem tem dois filhos.
Já um dos melhores conselhos do pai para o filho é: “não estou muito interessado nos números dos próximos seis meses – o que me interessa é o que desejo pela marca seja o mesmo em 10 anos como é hoje”, garantiu.
Outros bilionários ao redor do mundo
No texto, a gente falou sobre o Arnault, certo? Considere que além dele, a gente também pode considerar outros que foram citados aqui, como Jeff Bezos, Elon Musk, Bill Gates, Mark Zuckerberg e Warren Buffet.
Agora, do lado da tecnologia, muitos nomes têm aparecido de forma frequente, como de Larry Page, Sergey Brin, Larry Ellison e Steve Ballmer. O mesmo vale para Amancio Ortega que sempre é lembrado na lista de mais ricos do mundo.