Durante a pandemia, muita gente aprendeu que usar a internet tem a sua vantagem quando se fala em assuntos financeiros. Dá para comprar online, fazer transferências, pagamentos de conta e até mesmo consultar o saldo disponível, o limite, os investimentos, etc.
O problema é que junto com isso também cresceu a chance de muita gente mal-intencionada dar golpes. Ainda mais quando se considera que nem todo usuário tem expertise ou toma os devidos cuidados com a conta bancária na internet. Esse texto é para você aprender esses cuidados.
9 – Prefira os aplicativos
A primeira dica que faz todo sentido é optar pelo uso de aplicativos de celulares, que tendem a ser mais seguros do que as páginas da web (internet banking). O motivo é que esses aplicativos possuem dados criptografados e que são mais complicados de serem hackeados.
Além disso, você evita digitar o site errado, já que uma pequena mudança em uma letra poderia trazer um grande problema. Agora, a recomendação é que se faça a instalação do aplicativo correto, considerando os desenvolvedores e a autenticidade do programa.
Mesmo com essa segurança a mais, uma boa dica é sobre você manter o antivírus do seu celular ativo para evitar qualquer tipo de golpe cibernético. Já para quem tem iPhone, saiba que o uso de aplicativos é ainda mais indicado do que as páginas do Safari ou do Chrome.
8 – Coloque as senhas
Ainda se tratando dos aplicativos dos bancos e das instituições financeiras, saiba que é sempre bacana inserir todas as senhas que forem possíveis. Inclusive, se puder, coloque a senha como digital porque isso aumenta ainda mais a segurança do seu programa instalado.
Curiosamente, hoje dá para criar uma senha para bloquear o aplicativo no celular, outra para entrar no aplicativo com base em dados bancários (como número da conta ou login com senha), além de ter a possibilidade de ter uma senha para fazer transações.
Ou seja, ainda que alguém consiga acessar o seu app do banco, sem a senha de transação financeira (token), ela não conseguiria movimentar a conta, tendo condições apenas de ver o seu saldo, por exemplo. Por isso, use todas as senhas que forem possíveis e permitidas.
7 – Não deixe o aplicativo aberto
Em alguns celulares dá para optar por um tipo de serviço que permite que após entrar com a senha pela primeira vez, o usuário não precise mais usar a senha para as próximas entradas. Isso é bem comum em páginas de redes sociais, por exemplo. Só que não é legal para os bancos.
No entanto, quando se trata de finanças, o ideal é que você não use tal funcionalidade. Mais do que isso, a recomendação é que sempre vá em “sair da sessão” ou “deslogar” quando terminar de usar o aplicativo da empresa. Isso vai exigir todas as senhas da próxima vez.
Se, por acaso, você esquecer essa função, imagine só em caso de roubos ou perdas de celular: a pessoa poderia acessar o aplicativo sem muita dificuldade. Ainda que ela tenha que colocar a última senha, da transação. De todo modo, é melhor prevenir, você não acha?
6 – Use senhas difíceis
A próxima dica vale tanto para aplicativos como acesso na web, através da URL do banco. A ideia é que você tenha senhas de acesso que sejam difíceis ou, pelo menos, não tão fáceis de serem adivinhadas, como datas de aniversário ou número de CPF ou o número do celular.
Curiosamente, algumas empresas não permitem mais a criação dessas senhas que são baseadas em dados pessoais ou que sejam sequenciais. Do que isso, elas exigem algumas regras, como inserir letras maiúsculas e números, além de símbolos.
Apesar de ser chato durante a criação de uma senha forte, saiba que isso pode ajudar muito você a evitar que golpistas acessem os seus dados bancários e financeiro. Por isso, vale a pena perder um pouco de tempo nessa hora de criar a senha nova ou atualizar a antiga.
5 – A internet pública
Mais uma dica que vale para todos os casos, de acesso pelo celular ou pelo computador, tem a ver com o uso da internet para acessar os dados bancários. A melhor dica é aquela que diz que você deve usar a sua rede doméstica, da internet fixa, de casa.
Porém nem sempre isso é possível, né? Então, uma segunda opção é sobre usar a internet da operadora de telefonia que você tem. Isso mesmo, o sinal 3G ou 4G. e se isso não for possível, então, recomenda-se que você não use a internet por outros meios.
Se surgir uma internet pública, saiba que ela é a mais fácil de ser hackeada. Por isso, ao estar logado nela, você permite a ação de bandidos, que podem entrar no seu sistema mais facilmente. Isso vale para internet de praças públicas, de shoppings, de lojas, de táxis.
4 – Digite a URL do banco
Por outro lado, tem muita gente que prefere pagar contas e usar o computador para acessar o site do banco. E, na verdade, tudo bem se for assim, desde que você tome alguns cuidados. Por exemplo, opte por digitar a ULR do banco ao invés de buscar no Google.
Isso porque nem sempre você vai encontrar o site correto, o que é um grande risco. Além disso, jamais abra links de bancos enviados por e-mail. Essa é a forma mais conhecida de cair em golpes. E, mesmo após digitar a URL, confira o cadeado que fica ao lado do HTTPS.
Tem ainda uma última dica sobre usar a web para acessar o banco: não faça isso de computadores estranhos, desconhecidos ou públicos. O ideal é que faça somente se tiver em casa. E evite deixar a senha salva no automático. O antivírus tem que estar atualizado.
3 – A atualização cadastral
Outra dica que faz muito sentido para ter um acesso seguro na internet é sobre a atualização cadastral. Isso pode acontecer por e-mail, por SMS ou até mesmo por ligação. O problema é que é outra forma comum de golpistas conseguirem seus dados bancários.
Assim, eles se passam por gerentes de bancos que estão fazendo esse tipo de atualização. Logo, pedem a confirmação de dados importantes, que vão desde o nome completo até mesmo o número da conta e, muitas vezes, a senha do cartão ou do token.
A princípio parece que é uma forma simples de não cair nesse golpe. Só que com a correria do dia a dia ou a falta de atenção, a gente acaba aceitando por confiar no contato. Mas, se for preciso atualizar o cadastro, use o aplicativo do celular ou vá até o banco presencialmente.
2 – O cartão de crédito
Também separamos uma dica sobre o uso do cartão de crédito para as compras online. Quando você digita o seu número lá no site você pode correr riscos se o site não for confiável. Isso porque os bandidos podem roubar os dados e você ainda fica sem o produto.
Outra coisa é que para esse caso vai valer todas as dicas que comentamos acima, desde o uso do aplicativo da loja para fazer a compra até mesmo o uso de antivírus atualizado para indicar quando um site é suspeito para a compra online de qualquer tipo de produto ou seviço.
Ah, e falando sobre compras online, evite cair nas armadilhas das propagandas que indicam promoções absurdas. Afinal, quando o milagre é demais até o santo desconfia. Portanto, só compre de lojas conhecidas, de sites confiáveis ou aplicativos oficiais das lojas, ok?
1 – Use notificações da conta
Hoje em dia, a maioria dos bancos oferece um tipo de serviço, que quase sempre é gratuito, que permite que o usuário receba mensagens, como de SMS, quando a conta é usada, seja para um PIX, uma transferência, uma compra ou qualquer coisa do tipo.
Isso costuma ser bem legal porque você é avisado da compra ou da movimentação. E se não foi você que fez isso é porque há algo errado. Assim, mesmo que a transação tenha sido feita, você tem a chance de rapidamente entrar na conta, mudar a senha e bloquear tudo.
Depois, ainda dá para avisar o banco, que vai tomar as devidas ações. Por outro lado, cuidado porque algumas empresas cobram para esse tipo de serviço, que é chamado de Aviso SMS. Procure saber se o seu banco ou fintech oferece gratuitamente, porque vale a pena.
A abertura e o encerramento de contas pela internet
Para terminar, nós vamos trazer aqui uma notícia recente. O Conselho Monetário Nacional aprovou e autorizou uma medida que permite que contas bancárias sejam abertas ou encerradas pela internet. A ideia é facilitar a vida do usuário da conta corrente ou poupança.
No entanto, leve em conta que todo banco precisa ofertar dispositivos de segurança para que isso aconteça. Ainda assim, mesmo que facilite a vida de muita gente, saiba que todo processo está sendo testado. E se você se sentir lesado poderá recorrer ao Procon, Bacen e Defensoria Pública.