Não conseguiu pagar as parcelas do carro? Saiba como devolver para o banco

A pandemia que aconteceu no mundo todo mudou muito o jeito de as pessoas viverem, de levarem a vida, de pagarem as contas. Em alguns casos, que não são raros, o que aconteceu foi que as prestações dos financiamentos atrasaram. A partir disso, muitas dúvidas surgiram. 

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Por exemplo, quem não consegue continuar pagando o financiamento do carro pode tomar uma medida drástica, mas necessária: devolver o veículo para o banco que fez o contrato. No começo, isso não parece ser muito bom, só que do lado financeiro tem suas vantagens. 

Não conseguiu pagar as parcelas do carro? Saiba como devolver para o banco
Foto: (reprodução/internet)
  • As alternativas para o atraso nas dívidas do carro
  • A venda do carro para pagar a dívida
  • A troca do carro por outro mais barato
  • A renegociação do financiamento
  • A portabilidade do crédito do carro
  • A transferência do financiamento do carro
  • A devolução do carro para o banco
  • A entrega amigável do veículo
  • Nem toda devolução de carro é aceita
  • Tem que pagar para transferir o veículo?
  • As cobranças indevidas nos contratos de financiamento

As alternativas para o atraso nas dívidas do carro

Antes de citar como é feito esse passo a passo da devolução do veículo, a gente precisa considerar que há sim outras formas de evitar o problema do endividamento. É isso mesmo: ter uma ou mais parcelas atrasadas nem sempre é o motivo de maior preocupação.

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Foto: (reprodução/internet)

Mas saber o que fazer a partir disso pode mudar muita coisa na vida da pessoa. Isso porque o acúmulo das parcelas atrasadas pode levar ao nome sujo e uma dívida que só se torna maior devido ao valor crescimento dos juros sobre juros, das multas, das tarifas.

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Sem contar que continuar com o carro ainda vai gerar gastos contínuos, seja com a manutenção, com combustível, com o seguro, com estacionamento, etc. Desse modo, vamos conhecer as principais alternativas sobre o que fazer nessa hora de desespero. 

A venda do carro para pagar a dívida

Uma primeira ideia é sobre vender o carro para quitar a dívida em aberto. Sim, mesmo com ele financiado, você pode tomar essa atitude, sendo que é um ponto de vista interessante para quem sabe aonde o acúmulo de dívidas pode levar. 

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Foto: (reprodução/internet)

O que acontece é simples: com o dinheiro da transação comercial, a pessoa pode pagar o que ainda falta do carro, inclusive, as parcelas atrasadas. Isso é bom porque esse pagamento adiantado também permite a diminuição dos juros acrescidos.

Porém tem o lado que não é nada agradável: a pessoa vai ficar sem carro, né. Curiosamente, em alguns países, também dá para revender o carro para a própria concessionária que vendeu ele para você. No entanto, lembre-se que terá a desvalorização dele.

A troca do carro por outro mais barato

Também existe a opção de trocar de carro. Mas por que isso faria sentido? Porque a pessoa poderia optar por um que fosse mais barato, com prestações mais acessíveis e que pudessem ser suportadas por esse momento da vida – com renda menor. 

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Mas, para essa situação valer a pena, seria preciso que o lucro da troca do carro fosse suficiente para pagar a dívida em atraso e que somasse ainda na reorganização da vida financeira também. 

O lado ruim, novamente, tem a ver com a desvalorização do carro. Isso porque nenhum consumidor vai conseguir obter o mesmo preço da compra do carro e, sem dúvidas, vai perder parte do que pagou. Essa desvalorização é diária, a partir da compra, o carro vale menos. 

A renegociação do financiamento

Se a venda do carro ou a troca dele não parece ser viável, a gente ainda tem uma próxima opção: tentar uma renegociação da dívida com o banco ou com a instituição financeira. Nesse caso, é preciso considerar que dá para conseguir juros menores ou parcelas mais baixas. 

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No entanto, jamais pense que vai haver uma mágica do sumiço da dívida, está bem? O que as empresas financeiras podem fazer é pegar essa dívida e diluir em novas parcelas, em um novo contrato, que é feito nessa renegociação. 

Ainda mais durante a pandemia, no mundo todo, esses financiamentos foram flexibilizados. Ou seja, alguns bancos permitiram o atraso e jogaram as parcelas para o fim do contrato. Só que isso não aconteceu de forma automática e cada banco criou suas regras. 

A portabilidade do crédito do carro

Mais uma opção é sobre fazer a portabilidade do crédito. Mas o que seria isso? É algo como renegociar o financiamento, mas com outra instituição financeira que permite uns juros menor. Assim, você transfere a sua dívida para esse novo banco. 

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Pode parecer bobagem, só que tem alguns casos que isso funciona muito bem. O motivo é que há empresas que são mais focadas em financiamentos ou em pessoas físicas ou são mais flexíveis com prazos e taxas. O que pode ser uma vantagem para quem está com dívidas. 

Aqui vale citar um ponto interessante: os bancos devem ofertar essa migração de dívida (e financiamento) sem qualquer custo adicional ao cliente. Mas saiba que isso não vai diminuir a sua conta a pagar, só vai ser uma forma de remanejar melhor as condições. 

A transferência do financiamento do carro

Ainda antes de devolver o carro, o que pode significar muita perda, você ainda tem a chance de pensar na transferência do financiamento do carro para outra pessoa. No entanto, isso é um pouco mais difícil devido a uma regra: não pode haver parcelas em atraso.

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Logo, acaba sendo uma solução para quem ainda não atrasou a parcela, mas sabe que isso vai acontecer em breve, como quando se há a perda de um emprego ou a diminuição drástica da renda. Assim, a instituição financeira vai avaliar o perfil do novo comprador.

Se ela autorizar a transferência, então, tudo é registrado de novo, como o veículo e o contrato do financiamento. Outra questão é que essa transferência envolve custos e taxas, voltada para os bancos e os órgãos de trânsito, onde os veículos possuem registros. 

A devolução do carro para o banco

E para fechar, como não poderia ser diferente, a gente tem mesmo a opção de devolver o carro para o banco ou para a instituição financeira que fez o financiamento para você. A vantagem é que isso facilita o processo de busca e apreensão. 

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E ainda tem mais: se o contrato for no estilo leasing, que é quando o veículo é dado como garantia, um único dia de atraso já pode significar que o banco tem o direito de tomar o carro de volta para ele. 

Para os outros contratos, o processo é mais longo e envolve o envio de comunicados, registros em cartório, adição do nome na lista de inadimplentes, etc. Mas como é que é feita essa devolução do carro para o banco? Falaremos disso no próximo tópico. 

A entrega amigável do veículo

Esse é o nome dado ao processo de devolução do carro ao banco durante um financiamento. Assim, a ideia é mesmo que todo processo seja amigável. O que acontece é que antes de aceitar, a instituição poderá avaliar o seu perfil para tentar buscar a renegociação.

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Por isso, a gente citou todas as alternativas acima. No entanto, o consumidor pode preferir a devolução, o que também é uma saída. O problema é que, do ponto de vista financeira, essa costuma ser a opção que mais gera prejuízo porque o cliente pode perder muito dinheiro. 

Ainda que a ideia seja a de que ninguém saia perdendo, considere que no histórico, o consumidor sempre perde. Primeiro, ele tem a desvalorização do carro, depois vem o pagamento das parcelas em atraso e as multas que estão no contrato. 

Nem toda devolução de carro é aceita

Outro ponto interessante e que exige muito cuidado é saber que o banco também não é obrigado a aceitar esse tipo de proposta do cliente. Assim sendo, ele vai considerar e estudar o estado de conservação do veículo antes de aceitá-lo.

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Com isso, as condições de entrega do automóvel acontecem a partir do valor do carro. Depois disso, vem a entrega do veículo, que tem que ser seguida do encerramento da dívida. Inclusive, essa é a vantagem: a pessoa elimina a dívida. 

Geralmente, o que acontece é que o banco envia um profissional para realizar a vistoria do carro. Se ele for considerado em boas condições, o próximo passo é ir até o cartório fazer a transferência do veículo ou assinar o contrato de entrega amigável. 

Tem que pagar para transferir o veículo?

Essa é uma dica muito importante. Hoje em dia, há duas formas de fazer essa transferência. Se gente pensar na quitação parcial, então, o consumidor receberá um boleto para quitar o pagamento restante do carro. 

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Assim, ele deve ficar com as parcelas até que o carro seja leiloado e isso pode não ser bacana. Mas tem a quitação total, que quase sempre é mais vantajosa. Nesse caso, o carro é entregue e a dívida é perdoada. Assim, não fica nada a ser pago, nem mesmo na transferência. 

O único problema é que a pessoa poderá ter dificuldades em conseguir um novo financiamento mais tarde. Porém nada que o tempo e os pagamentos em dia não resolvam, não é mesmo?

As cobranças indevidas nos contratos de financiamento

Agora sim, para fechar o texto, vem a dica final. Saiba que uma grande parte dos contratos de financiamentos possuem cobranças indevidas. Sendo assim, se você achar que algo está errado, como uma cobrança para quitar o veículo mesmo com a devolução, procure ajuda.

A defensoria pública pode atuar do lado do consumidor nessa hora, inclusive, com respaldo de órgãos de defesa do consumidor, também.